Luc Montagnier

Ganhou um Prêmio Nobel. Estudo sobre a memória da água.
O descobridor do vírus HIV.

Virologista francês, Luc Montaigner nasceu a 18 de agosto de 1932, em Chabris. Iniciou a sua carreira de investigador trabalhando como assistente da Faculdade de Ciências de Paris.


Trabalhou no Instituto Curie e em 1972 tornou-se diretor do Instituto Pasteur. É membro de várias academias francesas e internacionais e dedica os seus estudos à biologia celular, à virologia e ao cancro. É também presidente da World Foundation for AIDS Research and Prevention, que ajudou a fundar.

Em 1982, Montaigner dirigia uma equipa de investigação à qual pertencia Françoise Barré-Sinoussi, quando Willy Rozenbaum, um médico do Bichat Hôpital de Paris, requereu a ajuda dessa mesma equipa. Foi-lhes pedido que tentassem descobrir a causa viral de uma nova e misteriosa síndrome, a sida, que infetava alguns doentes seus. Rozenbaum (que foi também muito importante neste processo) sugeriu que a causa poderia ser um retrovírus e enviou a biópsia de um nódulo linfático de um dos seus pacientes para que a equipa de Montaigner a analisasse. Montaigner dissecou o nódulo e fez uma cultura a partir dele. Nas semanas seguintes, Barré-Sinoussi e os seus assistentes analisaram a cultura e determinaram que a atividade retroviral era a responsável pelo efeito patogênico do vírus nos linfócitos. O vírus recebeu o nome LAV (Lymphadenopathy Associated Virus) e em 1986 passou a designar-se HIV (Human Immunodeficiency Virus) ou VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), em português.


As investigações de Luc Montagnier contribuíram muito para que se compreendesse de que forma os vírus alteram a informação genética dos organismos hospedeiros, o que permitiu alguns avanços significativos na área da pesquisa oncológica.


Em 2008, Luc Montaigner foi galardoado com o Prémio Nobel da Medicina que partilhou com Françoise Barré-Sinoussi pela descoberta que ambos fizeram do retrovírus VIH, responsável pela sida, e com Harald zur Hausen pela descoberta do papiloma vírus humano, causador do cancro do colo do útero.


Para além do Prémio Nobel da Medicina de 2008, Montaigner recebeu outros prêmios como reconhecimento do seu trabalho, tais como o Rosen Prize for Oncology, o Scientific and Technological Foundation of Japan’s Award, o King Faisal Award e o Gairdner Award.


Em uma entrevista notável publicado na revista Science de 24 de dezembro de 2010 (1), Professor Luc Montagnier, manifestou o seu apoio para a especialidade médica da medicina homeopática, muitas vezes criticada e incompreendida. Embora a homeopatia tenha persistido por 200 anos em todo o mundo e tem sido o principal método de tratamento alternativo utilizado por médicos na Europa (2), a maioria dos médicos convencionais e cientistas expressaram ceticismo sobre sua eficácia devido às doses extremamente pequenas dos medicamentos utilizados.


A maioria das pesquisas clínicas realizadas sobre os medicamentos homeopáticos publicada em revistas científicas têm mostrado resultados clínicos positivos (3, 4), especialmente no tratamento de alergias respiratórias (5, 6), gripe (7), fibromialgia (8, 9), artrite reumatóide (10), diarreia infantil (11), de recuperação pós-cirúrgica de cirurgia abdominal (12), deficit de atenção (13) e redução dos efeitos secundários do tratamento do câncer convencionais (14).


Além de ensaios clínicos, várias centenas de estudos de pesquisa básica confirmaram a atividade biológica de medicamentos homeopáticos. Um tipo de estudos chamados de estudos in vitro, encontraram 67 experimentos (1/3 deles repetições), sendo que quase 3/4 de todas as repetições tiveram resultados positivos (15, 16).


Além da grande variedade de evidências provenientes da ciência básica e da pesquisa clínica, mais uma evidência para a homeopatia reside no fato de que a homeopatia ganhou popularidade na Europa e os EUA durante o século 19 devido aos impressionantes resultados com experiências no tratamento de epidemias que se alastraram durante esse tempo, incluindo a cólera, febre tifóide, febre amarela, escarlatina e gripe.


Montagnier, que também é fundador e presidente da Fundação Mundial para Pesquisa e Prevenção da AIDS, afirmou:”Eu não posso dizer que a homeopatia está certa em tudo. O que posso dizer agora é que as altas diluições (usadas em homeopatia) estão certas. Altas diluições de algo são diferente de nada. Eles são estruturas de água que imitam as moléculas originais.”


Aqui, Montagnier está fazendo referência à sua pesquisa experimental que confirma uma das características controversas da medicina homeopática que utiliza doses de substâncias que são submetidas a diluição sequencial com agitação vigorosa entre cada diluição. Embora seja comum para cientistas modernos assumir que nenhuma das moléculas originais permanecem na solução, a investigação Montagnier (com outros de muitos dos seus colegas) verificou que os sinais electromagnéticos do medicamento original permanecem na água e tem dramáticos efeitos biológicos.


Montagnier acaba de assumir uma nova posição na Universidade Jiaotong, em Xangai, China (esta universidade é muitas vezes referida como “MIT da China”), onde vai trabalhar em um novo instituto que leva seu nome. Este trabalho enfoca um novo movimento científico na encruzilhada da física, biologia e medicina: o fenômeno das ondas eletromagnéticas produzidas pelo DNA em água. Ele e sua equipe vão estudar tanto a base teórica e as possíveis aplicações na medicina.


A nova pesquisa de Montagnier está investigando as ondas eletromagnéticas que, segundo ele, emanam do DNA altamente diluído de vários patógenos. Montagnier afirma: “O que descobrimos é que o DNA produz mudanças estruturais na água, que persistem em diluições muito altas, e que levam a sinais eletromagnéticos ressonantes que podemos medir. Nem todo DNA produz sinais que podemos detectar com o nosso dispositivo. Os sinais de alta intensidade são provenientes de DNA bacteriano e viral.”


Montagnier afirma que estas novas observações irão conduzir a novos tratamentos para muitas doenças crônicas comuns, que incluem autismo, doença de Alzheimer, doença de Parkinson e esclerose múltipla.


Montagnier escreveu sobre suas descobertas em 2009 (17). Em seguida, em meados de 2010, ele falou em um encontro de prestígio, para colegas ganhadores do Prêmio Nobel, onde ele manifestou interesse sobre a homeopatia e as implicações deste sistema de medicina (18).


Leis de aposentadoria francesas não permitem que Montagnier, com 78 anos de idade, trabalhe em um instituto público, limitando assim o acesso ao financiamento da pesquisa. Montagnier admite que a obtenção de fundos de agências financiadoras de pesquisa farmacêutica e convencionais é improvável, devido ao clima de antagonismo com a homeopatia e as opções de tratamento natural.


Apoio de outro ganhador do Prêmio Nobel


A nova pesquisa de Montagnier evoca memórias de uma das histórias mais sensacionais da ciência francesa, muitas vezes referida como o “caso Benveniste”. Um imunologista altamente respeitado Dr. Jacques Benveniste, que morreu em 2004, conduziu um estudo que foi replicado em três outros laboratórios universitários e publicado na revista Nature(19). Benveniste e outros pesquisadores usaram doses extremamente diluídas de substâncias que criaram um efeito sobre um tipo de glóbulo branco chamado basófilos.


Embora o trabalho de Benveniste foi supostamente desmascarado (20), Montagnier considera Benveniste um “Galileu moderno” que estava muito à frente de seu tempo e que foi atacado por investigar um assunto médico e científico que a ortodoxia tinha erroneamente ignorado e até demonizado.


Além de Benveniste e Montagnier, é também a opinião de peso do doutor Brian Josephson, que, como Montagnier, é um cientista ganhador do Prêmio Nobel.


Respondendo a um artigo sobre homeopatia na revista New Scientist, Josephson escreveu:


“Quanto às suas observações sobre as alegações feitas pela homeopatia: críticas centradas em torno do número muito pequeno de moléculas de soluto presentes em uma solução, após ela ter sido repetidamente diluída, são irrelevantes, uma vez que os defensores dos medicamentos homeopáticos atribuem os seus efeitos, não a moléculas presentes na água, mas a alterações da estrutura da água.”


Uma análise simplista pode sugerir que a água, sendo um líquido, não pode ter uma estrutura do tipo que esse quadro exigiria. Mas casos como o de cristais líquidos, que enquanto fluem como um líquido comum, podem manter uma estrutura ordenada ao longo de distâncias macroscópicas, mostram as limitações de tais formas de pensar. Não apresentam quaisquer refutação contra a homeopatia, que permanece válida após ter em conta este ponto em particular.


Um tópico relacionado é o fenômeno, reivindicado por Jacques Benveniste, por sua colega Yolène Thomas e por outros, como experimentalmente bem estabelecido, é conhecido como “memória da água”. Se válido, esse seria de maior importância do que a homeopatia em si, e que atesta a visão limitada da comunidade científica moderna que, longe de apressar-se em testar essas alegações, tem como única resposta seu repúdio (21).


Após seus comentários, Josephson, que é professor emérito da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, foi questionado pelos editores da New Scientist sobre os motivos por ter se tornado um defensor das idéias não convencionais. Ele respondeu:


“Eu fui a uma conferência onde o imunologista francês Jacques Benveniste estava falando pela primeira vez sobre sua descoberta de que a água tem uma “memória” de compostos que foram dissolvidos nela – o que poderia explicar como a homeopatia funciona. Suas descobertas provocaram forte reações irracionais de cientistas, e fiquei impressionado como ele foi tratado (22).


Josephson descreveu como muitos cientistas hoje sofrem de “descrença patológica”, isto é, sobre eles é colocada uma atitude não científica, que é incorporada pela ideia de que “mesmo se fosse verdade, eu não acreditaria.”


Ainda mais recentemente, Josephson ironicamente respondeu à ignorância crônica da homeopatia pelos céticos, dizendo: “A idéia de que a água pode ter uma memória pode ser facilmente refutada por qualquer um, através de diversos argumentos facilmente compreensíveis e inválidos.”


Na nova entrevista na revista Science, Montagnier também expressou preocupação real sobre a atmosfera não científica que atualmente existe em torno de certos assuntos não convencionais, como homeopatia. “Disseram-me que algumas pessoas têm reproduzido os resultados de Benveniste, mas eles têm medo de publicá-los por causa do terror intelectual das pessoas que não os compreendem.”


Montagnier concluiu a entrevista quando perguntado se ele está preocupado que ele está à deriva em pseudociência, ele respondeu sem hesitação: “Não, porque não é pseudociência. Não é charlatanismo. Estes são fenômenos reais que merecem um estudo mais aprofundado.”


A desinformação que os céticos divulgam


É notável que muitos céticos da homeopatia dizem que não há “nenhuma pesquisa” que mostre que os medicamentos homeopáticos funcionem. Tais declarações são claramente falsas, e ainda, são comuns na Internet e mesmo em alguns artigos científicos. Basta um pouco de pesquisa para descobrir muitos estudos de alta qualidade que têm sido publicados em conceituadas revistas médicas e científicas, incluindo a Lancet, BMJ, Pediatrics, Pediatric Infectious Disease Journal, Chest e muitas outras. Embora algumas dessas mesmas revistas também publicaram pesquisas com resultados negativos para a homeopatia, há muito mais pesquisas que mostram um efeito positivo, ao invés de negativo.


Distorções e desinformação sobre a homeopatia são previsíveis porque este sistema de medicina proporciona uma ameaça viável e significativa para os interesses econômicos na medicina, e muito menos para a própria filosofia e visão de mundo da biomedicina. Portanto não surpreende que a British Medical Association, a Associação Médica Britânica teve a audácia para se referir à homeopatia como “bruxaria”. É bastante previsível que quando se vai em caça às bruxas, inevitavelmente encontre-se “bruxas”, especialmente quando existem certos benefícios para demonizar um concorrente potencial (a homeopatia desempenha um papel muito maior e mais competitivo na Europa do que nos EUA).


Os céticos da homeopatia também afirmam há muito tempo que os medicamentos homeopáticos têm “nada” neles porque eles são muito diluído. No entanto, nova pesquisa realizada no respeitado Indian Institute of Technology, o Instituto Indiano de Tecnologia, confirmou a presença de “nanopartículas” das matérias-primas, mesmo em diluições extremamente altas. Pesquisadores demonstraram pela Microscopia de Transmissão Eletrônica (TEM), difração de elétrons e análise química por Inductively Coupled Plasma-Atomic Emission Spectroscopy (ICP-AES) ou Espectroscopia de Emissão Atômica-Plasma Indutivamente Acoplado, a presença de entidades físicas nestas diluições extremas (24). À luz desta pesquisa pode-se agora afirmar que qualquer pessoa que diz ou sugere que há “nada” em medicamentos homeopáticos, ou é desinformado ou simplesmente não está sendo honesto.


Uma vez que os pesquisadores receberam a confirmação da existência de nanopartículas em dois diferentes homeopáticos altas potências (30C e 200C), testando quatro medicamentos diferentes (Zincum metallicum/Zinco, Aurum metallicum/Ouro; Stannum metallicum/estanho; e Cuprum metallicum/cobre), puderam concluir que este estudo forneceu “evidências concretas”.


Embora os céticos da homeopatia podem supor que doses homeopáticas são ainda muito pequenas para apresentarem qualquer ação biológica, tais suposições têm sido provadas como erradas. O campo multi-disciplinar dos efeitos de pequenas doses é chamado de “hormese”, e cerca de 1.000 estudos de uma ampla variedade de especialidades científicas confirmaram efeitos biológicos significativos e por vezes substanciais de doses extremamente pequenas de certas substâncias em certos sistemas biológicos.


Uma edição especial da revista científica Human and Experimental Toxicology (Julho 2010), foi dedicado à interface entre hormese e homeopatia (25). Os artigos desta edição verificaram o poder de doses homeopáticas de várias substâncias.


Em conclusão, deve notar-se que o ceticismo sobre qualquer assunto é importante para a evolução da ciência e na medicina. No entanto, como mencionado acima pelo Prêmio Nobel Brian Josephson, muitos cientistas têm uma “descrença patológica” em determinados assuntos e, finalmente, criam uma atitude não saudável e não científica que bloqueiam a verdade e a ciência reais. O ceticismo está no seu melhor papel quando seus defensores não tentam cortar pesquisas ou acabar com a conversa, mas sim explorar possíveis novas (ou velhas) formas de entender e verificar fenômenos estranhos, mas convincentes. Nós todos temos esse desafio quando exploramos e avaliamos os efeitos biológicos e clínicos dos medicamentos homeopáticos.


REFERÊNCIAS:


(1) Enserink M, Newsmaker Interview: Luc Montagnier, French Nobelist Escapes “Intellectual Terror” to Pursue Radical Ideas in China. Science 24 December 2010: Vol. 330 no. 6012 p. 1732. DOI: 10.1126/science.330.6012.1732


(2) Ullman D. Homeopathic Medicine: Europe’s #1 Alternative for Doctors. http://www.huffingtonpost.com/dana-ullman/homeopathic-medicine-euro_b_402490.html


(3) Linde L, Clausius N, Ramirez G, et al., “Are the Clinical Effects of Homoeopathy Placebo Effects? A Meta-analysis of Placebo-Controlled Trials,” Lancet, September 20, 1997, 350:834-843.


(4) Lüdtke R, Rutten ALB. The conclusions on the effectiveness of homeopathy highly depend on the set of analyzed trials. Journal of Clinical Epidemiology. October 2008. doi: 10.1016/j.jclinepi.2008.06/015.


(5) Taylor, MA, Reilly, D, Llewellyn-Jones, RH, et al., Randomised controlled trial of homoeopathy versus placebo in perennial allergic rhinitis with overview of four trial Series, BMJ, August 19, 2000, 321:471-476.


(6) Ullman, D, Frass, M. A Review of Homeopathic Research in the Treatment of Respiratory Allergies. Alternative Medicine Review. 2010:15,1:48-58. http://www.thorne.com/altmedrev/.fulltext/15/1/48.pdf


(7) Vickers AJ. Homoeopathic Oscillococcinum for preventing and treating influenza and influenza-like syndromes. Cochrane Reviews. 2009.


(8) Bell IR, Lewis II DA, Brooks AJ, et al. Improved clinical status in fibromyalgia patients treated with individualized homeopathic remedies versus placebo, Rheumatology. 2004:1111-5.


(9) Fisher P, Greenwood A, Huskisson EC, et al., “Effect of Homoeopathic Treatment on Fibrositis (Primary Fibromyalgia),” BMJ, 299(August 5, 1989):365-6.


(10) Jonas, WB, Linde, Klaus, and Ramirez, Gilbert, “Homeopathy and Rheumatic Disease,” Rheumatic Disease Clinics of North America, February 2000,1:117-123.


(11) Jacobs J, Jonas WB, Jimenez-Perez M, Crothers D, Homeopathy for Childhood Diarrhea: Combined Results and Metaanalysis from Three Randomized, Controlled Clinical Trials, Pediatr Infect Dis J, 2003;22:229-34.


(12) Barnes, J, Resch, KL, Ernst, E, “Homeopathy for Post-Operative Ileus: A Meta-Analysis,” Journal of Clinical Gastroenterology, 1997, 25: 628-633.


(13) M, Thurneysen A. Homeopathic treatment of children with attention deficit hyperactivity disorder: a randomised, double blind, placebo controlled crossover trial. Eur J Pediatr. 2005 Dec;164(12):758-67. Epub 2005 Jul 27.


(14) Kassab S, Cummings M, Berkovitz S, van Haselen R, Fisher P. Homeopathic medicines for adverse effects of cancer treatments. Cochrane Database of Systematic Reviews 2009, Issue 2.


(15) Witt CM, Bluth M, Albrecht H, Weisshuhn TE, Baumgartner S, Willich SN. The in vitro evidence for an effect of high homeopathic potencies–a systematic review of the literature. Complement Ther Med. 2007 Jun;15(2):128-38. Epub 2007 Mar 28.


(16) Endler PC, Thieves K, Reich C, Matthiessen P, Bonamin L, Scherr C, Baumgartner S. Repetitions of fundamental research models for homeopathically prepared dilutions beyond 10-23: a bibliometric study. Homeopathy, 2010; 99: 25-36.


(17) Luc Montagnier, Jamal Aissa, Stéphane Ferris, Jean-Luc Montagnier, Claude Lavallee, Electromagnetic Signals Are Produced by Aqueous Nanostructures Derived from Bacterial DNA Sequences. Interdiscip Sci Comput Life Sci (2009) 1: 81-90.


http://www.springerlink.com/content/0557v31188m3766x/fulltext.pdf


(18) Nobel laureate gives homeopathy a boost. The Australian. July 5, 2010. http://www.theaustralian.com.au/news/health-science/nobel-laureate-gives-homeopathy-a-boost/story-e6frg8y6-1225887772305


(19) Davenas E, Beauvais F, Amara J, et al. (June 1988). “Human basophil degranulation triggered by very dilute antiserum against IgE”. Nature 333 (6176): 816-8.


(20) Maddox J (June 1988). “Can a Greek tragedy be avoided?”. Nature 333 (6176): 795-7.


(21) Josephson, B. D., Letter, New Scientist, November 1, 1997.


(22) George A. Lone Voices special: Take nobody’s word for it. New Scientist. December 9, 2006.


(23) Personal communication. Brian Josephson to Dana Ullman. January 5, 2011.


(24) Chikramane PS, Suresh AK, Bellare JR, and Govind S. Extreme homeopathic dilutions retain starting materials: A nanoparticulate perspective. Homeopathy. Volume 99, Issue 4, October 2010, 231-242.


(25) Human and Experimental Toxicology, July 2010: http://het.sagepub.com/content/vol29/issue7/